AdCausam

Faço isto por causa do Evangelho. Não quero apenas falar dele; quero ser também participante dele. (1Cor.9:23, The Message)

Mateus, capítulo 13, versículos 1-52

Os contos tradicionais infantis têm normalmente o que chamamos a “moral da história”. Isso significa que toda a história foi construída para levar os ouvintes a uma conclusão moral, às vezes difícil de compreender apenas num plano abstracto, mas, acessível à compreensão até mesmo pelas crianças, através das ilustrações vívidas de um enredo que todos podem entender. Ainda assim, a descoberta da moral escondida no conto é alcançada apenas por aqueles que procuram compreender esse significado escondido.

Um dos métodos preferenciais de Jesus para ensinar as profundas realidades espirituais era as parábolas. A parábola é como um conto. É uma ilustração concreta, usando elementos do dia-a-dia que todos conhecem, de uma realidade espiritual maior e mais profunda. Tal como nos contos, a compreensão do seu significado só está acessível àqueles que genuinamente buscam entendê-lo, considerando e guardando as palavras no seu coração. Com este exercício, Jesus dividia a sua audiência em dois grupos distintos: os discípulos sinceros que recebiam revelações espirituais acerca dos propósitos divinos, e os outros que ouvindo as mesmas palavras, não eram abençoados por elas, por que não criam.

Acho significativo que Jesus começasse a falar por parábolas depois dos acontecimentos desse dia (ver cap.12), em que muitos O rejeitaram e até planearam matá-lO. Estas pessoas que fecharam o seu coração para a Verdade, não receberiam nenhuma outra revelação. Não que Deus não desejasse salvá-los, mas, porque voluntariamente rejeitaram a Jesus. Este é um aviso sério para nós. Se desejamos discernir os mistérios de Deus, não podemos fechar a nossa vida à acção do Espírito Santo, sem O qual não poderemos entender as coisas espirituais.

Cada parábola que Jesus conta revela um aspecto fundamental do Reino de Deus. Entendê-las no seu conjunto significa manejar bem a Palavra, e ser capaz de aplicá-la nas diferentes circunstâncias, seja nas “coisas novas” ou nas “coisas velhas”.

A parábola do semeador demonstra que a eficácia do Reino é segundo a Palavra. A Palavra de Deus é sempre eficaz, ou seja, produz sempre resultado, mesmo naqueles que a rejeitam. Nestes o fruto é a condenação, mas, nos que a recebem a Vida. Apesar de eficaz, a Palavra nem sempre é eficiente. Isto acontece porque a eficácia depende exclusivamente de Deus, que não falha, mas a eficiência – definida como a capacidade de atingir todo o potencial para a qual foi enviada – depende de nós, da maneira como a recebemos. Por isso, muitos que ouvem a Palavra, e alguns que até concordam e simpatizam com ela serão condenados. E, mesmo naqueles que a recebem, o fruto que neles é produzido é variável conforme o grau de obediência a que estão dispostos.

O Reino de Deus cresce no meio do mundo, rodeado de grande oposição e de interferência do Maligno. Este é o sentido da parábola do trigo e do joio. Os filhos de Deus permanecem no mundo. Vivem rodeados de pecado. Sofrem perseguição. Oposição. Influência. Satanás procura confundi-los. Não devemos estranhar estas coisas. No final, a Verdade será revelada, e escaparemos finalmente destas coisas.

Muitos apontam os cristãos como sendo “fracos”. “Coitadinhos, precisam da muleta de Deus!” A realidade é que apesar da aparência insignificante, frágil e pouco relevante o Reino de Deus crescerá e trará benção às nações. Quando guardamos com firmeza a Palavra nos nossos corações e permitimos que o Espírito Santo nos molde seremos uma benção para os que estão à nossa volta. Este é o significado da parábola do grão de mostarda.

Nada poderá travar a acção invisível de Deus. Tal como o fermento se esconde no meio da farinha, e não pode ser detectado até que a massa esteja levedada. A parábola do fermento ensina que a vontade de Deus prevalecerá. Que a nossa influência nem sempre se faz com alarido. Que “um pouco” pode produzir grandes resultados.

A parábola do tesouro escondido e a parábola da pérola revelam uma verdade dupla acerca de como chegar ao Reino. A Graça de Deus encontra-nos muitas vezes em lugares inesperados. Como o homem que encontra o tesouro ao lavrar o campo. É nestes momentos em que Deus vem ao nosso encontro que precisamos tomar uma decisão – deixar tudo para ganhá-lO a Ele. Mas, também é necessário procurar diligentemente, como o homem que negociava pérolas. Toda a vida ele procurou, e quando achou, largou tudo para ganhar a melhor parte. Qual é o significado destas coisas? É que Deus veio ao nosso encontro quando ainda não O procurávamos, mas, só O encontraremos quando O buscarmos de coração.

Muitos são chamados, mas poucos são escolhidos. Esta é a realidade da parábola da rede. Muitos são atraídos pela mensagem da Graça de Deus. Procuram alívio e descanso. Uma solução para os seus problemas. Têm prazer no provar do dom celestial, em participar das bençãos do Espírito Santo, na Palavra de Deus (Hebreus 6:4-8). Provam, mas nunca se arrependem. Provam, mas não entram na plenitude do gozo de Deus. Provam, mas continuam perdidos, enganando-se a si mesmos. Este é um alerta solene. Nem todo aquele que diz “Senhor! Senhor!” será salvo. Examina bem o teu coração.

“Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.”

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Clique para ler Mateus 13:1-52.

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