Jesus inicia aquele que é o mais revolucionário sermão religioso com 3 paradoxos. A nova visão que trouxe, mais profunda e desafiante, perturba as nossas ideias acerca de Deus, da verdade e da piedade, da moral e do direito, e da percepção que temos acerca de nós próprios, até hoje.
O primeiro paradoxo é a sua estratégia de missão. Qualquer um de nós, querendo causar impacto no mundo, ficaria feliz e entusiasmado com o aumento vertiginoso do número de seguidores. Vivemos no mundo das sondagens, da análise das audiências, das redes virtuais com centenas e milhares de “amigos”, mas Cristo sabe que não é na multidão que está a sabedoria. Nem a contrição necessária ao arrependimento. Ele não veio para mobilizar multidões, mas para salvar os pecadores. Um a um. Por isso, ele retirou-se da multidão.
O segundo paradoxo está na descrição que Jesus faz das qualidades daqueles que alcançam o favor de Deus. Que espécie de líder escolheria os simples, abatidos, humildes, mansos, íntegros até às últimas consequências, não conflituosos, dispostos a sair prejudicados por amor ao próximo e a Deus, os Párias, perseguidos, incompreendidos, considerados loucos pela maioria? Nada na nossa salvação depende ou é melhorado pelo que somos ou fazemos. Se somos o que somos devemo-lo unicamente a Deus. A excessiva presunção que geralmente fazemos a nosso respeito é o maior impedimento para alcançarmos a fé.
Por último, e talvez o maior de todos os paradoxos é que aqueles que tendo recebido o favor salvador de Deus, muitas vezes escolham voluntariamente viver como se isso nunca tivesse acontecido. Este é o paradoxo que está nas nossas mãos resolver. Que sal seremos? Que luz? Como escolher desprezar aquilo que de mais precioso temos?
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