Como avaliamos a nossa fé? Temo que muitos crentes são como a Rainha Má da história da Branca de Neve – passam a vida em frente ao espelho a perguntar: “Espelho meu, espelho meu, haverá alguém tão santo como eu?”
As quatro situações descritas evidenciam a dicotomia entre a percepção dos discípulos e das pessoas em geral acerca da fé e, a visão mais elevada de Cristo.
Um homem acerca-se de Jesus e promete fidelidade total. A sua fé é profundamente genuína e espontânea mas, mal ponderada. Jesus responde à disponibilidade do homem com uma reavaliação do risco. Há um custo a que não podemos escapar se queremos segui-lO. O entusiasmo não chega para nos fazer correr a maratona até ao fim. A partir de certo ponto, quando as pernas começam a doer, é preciso espírito de sacrifício.
Outro homem assegura: “Vou seguir-Te, mas…”. Uma má avaliação das prioridades conduz quase inevitavelmente a deixar Cristo em segundo plano. Haverá sempre alguma coisa que precisa ser resolvida. Quando permitimos que o “mas” se instale no nosso vocabulário abrimos as portas para a procrastinação e para nunca atingirmos o alvo.
No barco, Jesus e os discípulos são surpreendidos por uma violenta tempestade. A situação devia ser realmente preocupante, uma vez que aqueles homens experimentados nas lides do mar pensavam que iriam morrer. Não seria uma qualquer onda ou vento que produziria neles tal terror. No entanto, Jesus dormia. Para os discípulos a prova era indício de fracasso, destruição e morte. Para Cristo, uma oportunidade para a Graça e para a manifestação sobrenatural do Poder de Deus.
Uma multidão em fúria expulsa Jesus e os discípulos da cidade. Jesus acabara de restituir à vida dois homens que, durante anos, viveram destruídos e incapacitados pela influência demoníaca. Eram filhos, irmãos, amigos, vizinhos das gentes daquela terra. Todos conheciam a sua miséria. Todos eram testemunhas da tremenda libertação que os devolveu à vida. Mas, entre isso e os porcos, os porcos foram contados como mais preciosos.
A fé envolve risco – um preço a pagar. Envolve prioridades – Cristo tem de ser o primeiro. Envolve provações – cujo objectivo é fazer-nos crescer. Envolve benefícios – mais preciosos do que quaisquer bens materiais. Se falharmos nessa avaliação, falharemos na vivência plena do que Deus preparou para nós.
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