A nossa experiência com Deus apenas começa com a Salvação. Esse momento em que somos perdoados, justificados, regenerados, reconciliados com Deus e cheios da plenitude do Seu Espírito Santo, marca o início de uma nova experiência de vida, que atingirá o seu auge na nossa obediência à Sua vontade. Deus tem propósitos para nós e, enquanto não nos dispusermos a buscá-los e vivê-los, estaremos sempre um passo atrás daquilo que Deus planeou para nós.
Parte desse plano divino cumpre-se no partilhar das boas-novas que mudaram a nossa vida.
O Plano
Nos últimos momentos que passou com os discípulos antes de ser preso e dar a vida na cruz, Jesus teve várias conversas muito francas acerca do que estava para vir e da missão que confiava aos discípulos quando Ele partisse. Nesse diálogo encontramos a resposta para a questão sobre qual o plano que Deus tem para as nossas vidas.
“(…) eu vos escolhi a vós, (…)” (Jo.15:16)
Cada um de nós é conhecido de Deus. E Ele nos ama. E amando-nos, salvou-nos. E nos escolheu dentre muitos para fazer a Sua Obra. Que privilégio podermos ser contados entre aqueles que Deus escolheu. O facto de termos sido escolhidos salienta o foco central da nossa missão – não tem a ver connosco, mas com Ele.
“(…) eu os enviei ao mundo” (Jo.17:17)
Não fomos apenas escolhidos – sinal de privilégio – mas também enviados – sinal de responsabilidade. Foi-nos confiada uma tarefa particular, que temos o dever de cumprir. Não é opcional, nem para ser executada conforme nos parecer melhor. Fomos enviados em representação do Senhor, devemos cumprir essa comissão de acordo com a Sua vontade.
“(…)para que vades e deis fruto (…)” (Jo.15:16)
É apenas indo que cumpriremos a nossa missão. Conhecê-la, não chega. Falar dela, não é suficiente. Ficar em êxtase com o privilégio, de nada aproveita. É necessário obediência.
“(…)para que vades e deis fruto (…)” (Jo.15:16)
Quando nos colocamos à disposição de Deus, o fruto é inevitável. Esse é sempre o resultado, porque essa é a vontade do Senhor. Nem sempre, como veremos, avaliamos os resultados da mesma maneira que Deus, mas Ele garante que o fruto existirá quando nos submetermos à Sua vontade.
A Missão
Leitura: Mateus 10
Jesus ensina-nos os aspectos mais importantes da nossa missão. Observando-os, alcançaremos o alvo.
1. O foco está na mensagem.
Muitas vezes estamos mais preocupados connosco do que com o serviço que estamos a fazer para Deus. Importa-nos o que os outros pensam, o nosso sucesso, o reconhecimento, as vantagens. Mas, o mais importante é a mensagem que anunciamos. É ela que pode mudar vidas, não nós.
2. O sucesso não se mede pelos resultados, mas pela obediência.
A nossa fraqueza está muitas vezes em esperarmos atingir alvos irrealistas. Não ganharemos a todos para Cristo, e não seremos penalizados por isso. Mas, seremos avaliados pela nossa obediência ou não à comissão que nos foi confiada.
3. A Palavra é confirmada pelos actos.
Não nos adianta pregar uma coisa e fazer outra. As nossas atitudes serão o selo de aprovação ou reprovação daquilo que falamos. E até mesmo simples gestos, como um copo de água, podem fazer a diferença.
4. Depende do compromisso.
Perante uma missão tão exigente, não teremos capacidade para a realizar sem um compromisso sério e definitivo com Deus. Toma a tua cruz. Entrega a tua vida. Deixa tudo para trás. E alcançarás vitória.
Os Perigos
Cumprindo a nossa missão com integridade enfrentaremos muitos perigos, para os quais Jesus também chamou a atenção.
1. Indiferença.
Muitos daqueles com quem falaremos reagirão com indiferença. Não querem saber. Não lhes interessa. E isso pode acabar por afectar-nos. Se ninguém quer saber, por que continuar a trabalhar?
2. Oposição.
Mais do que indiferença, às vezes a reacção vai ser agressiva e com custo para nós. Perderemos amigos, oportunidades, reputação… Jesus disse claramente que se o mundo não O recebeu nem acolheu, nós não devemos esperar uma recepção diferente.
3. Medo
Quando a pressão aumenta é inevitável ficar assustado. Começa com a vergonha, depois a ansiedade com a reacção dos outros, depois o medo, até que ficamos paralisados, incapazes de continuar.
4. Resistir à perda.
Perante estas dificuldades o maior obstáculo a vencer é abrirmos mão das coisas de que gostamos e valorizamos na nossa vida. Certa vez, Jesus pediu a um jovem uma única coisa, e ele, triste, foi-se embora, porque valorizava mais isso do que a vida que Jesus tinha para lhe oferecer.
As Bençãos
Mas, abraçar esta missão não são só dificuldades. Deus promete bençãos indizíveis àqueles que O buscam.
1. Espírito Santo.
Nenhum cristão está sozinho ou tem de cumprir a missão na sua força e capacidade. O Espírito Santo foi-nos dado também para nos capacitar a viver a nova vida que Deus oferece em Cristo. O que havemos de dizer, como e quando o havemos de dizer será dirigido pelo Espírito Santo se assim permitirmos.
2. Protecção divina.
Deus diz que nem um cabelo cai da nossa cabeça sem que Ele o saiba e permita. Esta protecção não significa que nada de mal nos acontecerá, mas que mesmo que aconteça, Deus permanece no controlo e me dará as forças para suportar as provações que possam vir.
3. Confissão de Cristo.
A benção que mais me surpreende e valorizo é esta. Se eu confessar a Cristo e não me envergonhar dele, um dia Ele também me confessará diante do Pai. Podemos imaginar isto? Cristo, apresentando-nos diante do Pai, orgulhoso de nós, por que nós O amamos e lhe obedecemos. Que privilégio!
4. Galardão.
Deus diz que o nosso trabalho não passará sem recompensa. Aquilo que fazemos não passa despercebido a Deus. E Ele dará a gloriosa retribuição pela nossa dedicação.
Perante a proposta de Deus, como vamos reagir?
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