AdCausam

Faço isto por causa do Evangelho. Não quero apenas falar dele; quero ser também participante dele. (1Cor.9:23, The Message)

Crescer nas tribulações

Nos últimos dias tenho meditado no Salmo 116. Este Salmo é o testemunho público de um homem que passou por uma tremenda tribulação que quase o levou à morte. O que este homem tem para dizer é surpreendente:

Que darei eu ao Senhor, por todos os benefícios que me tem feito? Salmos 116:12

Encontrar motivos de gratidão nas circunstâncias difíceis e no sofrimento não é a reacção natural e esperada. Mais rapidamente encaramos o sofrimento como justificação para a nossa raiva contra Deus. Entendemos o nosso sofrimento como um fracasso do Amor de Deus.

A razão pela qual pensamos assim é que escolhemos desconfiar de Deus ao invés de O buscarmos em fé. O testemunho do salmista é: “invoquei o nome do Senhor”. Deus honrou a sua fé. E, a sua vida nunca mais foi a mesma.

Ao invocar a Deus o homem olhou acima das suas circunstâncias e buscou esperança em Alguém maior do que Ele. Ao fazê-lo acabou por conhecer a Deus no meio da sua provação.

Conhecer a Deus.

1. A disposição de Deus.

Ao contrário daquilo que muitas vezes cogitamos acerca de Deus, Ele está disponível e disposto em nos salvar. “Ele ouviu a minha voz e a minha súplica. Porque inclinou a mim os seus ouvidos (…)” (vs.1 e 2) Deus não somente ouve o que temos para dizer, como também se importa, inclinando-se para nós. Deus mostra-se favorável.

2. O carácter de Deus.

Apesar de nem sempre compreendermos bem os propósitos de Deus para a nossa vida, especialmente no que toca ao sofrimento, podemos, ainda assim, reconhecer o carácter Santo e Perfeito do Senhor. Naquele momento difícil, o salmista conheceu o Deus piedoso, justo, e misericordioso(vs.5)

A nossa hostilidade para com Deus tem a sua raiz tanto no pecado que carregamos, como nos preconceitos que temos acerca de quem Ele é. Ao conhecê-l’O encontramos um Deus justo – que sempre age correctamente, piedoso – que tem compaixão de nós e se importa connosco, e misericordioso – que está disposto a reter o mal sobre nós para nos dar Vida.

3. O Poder de Deus.

“Ele me salvou.” (vs.6) A maior manifestação do carácter Santo de Deus está salvação do pecador. Creio que essa também é a maior demonstração do Seu Poder.

Ao salvar o pecador, Deus livra-o:

  • da ira – “livraste a minha alma da morte” (vs.8)
  • do sofrimento pelos efeitos do pecado – “os meus olhos das lágrimas” (vs.8)
  • do poder do pecado sobre a sua vontade – “os meus pés da queda” (vs.8)

Em face deste conhecimento de Deus, o salmista, mesmo tendo estado às portas da morte, só consegue falar sobre “o bem que me tem feito” (vs.12). Isso despertou o seu coração para responder a Deus com acções de graças.

Que darei eu ao Senhor?

1. Amor

O Amor de Deus experimentado constrange os nossos corações a amá-l’O de volta. Amo ao Senhor (vs.1) Esta enfática declaração do salmista está devidamente justificada pelas palavras que se seguem “porque Ele (…)”. Em vista do bem que Deus nos faz nós O amamos.

O nosso amor por Deus é demonstrado de várias formas:

  • Na Esperança que temos no Seu Amor por nós – [eu] O invocarei enquanto viver.” (vs.2).
  • Na Confiança que temos no Seu cuidado por nós – “Volta, minha alma, para o teu repouso (…)” (vs.7).
  • Na Comunhão que gozamos com Ele – “Andarei perante a face do Senhor (…)” (vs.9).

2. Fé.

“Tomarei o cálice da salvação (…)” (vs.13). Despindo-se de todo o orgulho, de toda a confiança em si próprio, e de toda a rebelião contra Deus, o salmista entra em aliança com Deus. Uma Aliança proposta por Deus, nos termos de Deus, segundo a vontade de Deus, operada por Deus, da qual agora, o salmista, toma parte pela fé.

Conhecer a Deus em verdade levamos a entregar-lhe toda a nossa vida.

3. Serviço.

Uma fé sem obras é morta, ensina-nos o Senhor pelo seu servo Tiago. A melhor expressão do nosso Amor e Fé é o nosso serviço a Deus. Como reconhecer esse serviço?

  • Na minha dedicação e zelo, fruto do meu compromisso com Deus – “Pagarei os meus votos ao Senhor (…)” (vs.14).
  • Na minha prontidão para O servir – “Ó Senhor, deveras sou Teu servo (…)” (vs.16).
  • Na minha adoração“Oferecer-te-ei sacrifícios de louvor (…)” (vs.17).

Nesta sua experiência dramática o homem aprendeu duas coisas: a conhecer a Deus, e, a deixar que esse conhecimento transformasse a sua vida.

Que o Senhor nos ajude a aprender com o seu exemplo.

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Clica aqui para descarregar “Crescer nas tribulações” em formato .pdf

Podes também ouvir ou descarregar o sermão em .mp3 (aprox. 40min.):

 

 

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