Durante a sua peregrinação para o templo a fim de oferecer sacrifícios ao Senhor, os israelitas entoavam um conjunto de cânticos que ficaram conhecidos como os “Cânticos dos degraus”. Podemos encontrá-los no livro dos Salmos. A maioria desses cânticos exaltavam a grandeza do Senhor, na sua Santidade e na sua capacidade de defender o povo, ao mesmo tempo que colocavam o adorador numa posição de humildade.
Embora não sejamos convocados pelo Senhor a realizar uma peregrinação a algum lugar santo, necessitamos, do mesmo modo, de preparar os nossos corações para nos encontrarmos com Deus. Uma peregrinação do coração.
Um desses Salmos, o 123, ensina-nos a levantar os olhos – isto é, todo o nosso ser: mente, coração, espírito, as nossas expectativas e anseios – para olhar para o Senhor, o Santo que habita nos céus, e depositar nele toda a nossa confiança. Olhar com olhar de servo. O olhar do servo é determinado pelo entendimento que ele tem do seu senhor. A mão do senhor representa o poder e a capacidade dele. É uma mão que:
- Dirige.
- Provê.
- Assiste.
- Protege.
- Corrige.
- Recompensa.
Perante tal Senhor, como deve ser o nosso olhar? Certamente um cheio de temor, não por medo irracional, mas por reverência santa perante aquele que pode perdoar pecados. Expectativa por saber o que Ele tem reservado para nós. Confiança total na Sua capacidade de levar o Seu propósito até ao fim. E, por fim, obediência à vontade soberana dAquele que nos dá todas as coisas.
Chegando com o coração assim preparado à presença do Senhor, não voltaremos vazios. Receberemos da Sua abundância Graça e Misericórdia para prosseguir.
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