“Saber o que é certo e não o fazer é a pior cobardia” (Confúcio, 551-479 a.C)

Confúcio foi a figura histórica mais conhecida na China como mestre, filósofo e teórico político. A sua doutrina, o confucionismo, teve forte influência não apenas sobre a China mas também sobre toda a Ásia oriental.

Conhece-se muito pouco da sua vida. Parece que os seus antepassados foram de linhagem nobre, mas o filósofo e moralista viveu pobre, e desde a infância teve de ser mestre de si mesmo. Na sua época, a China estava praticamente dividida em reinos feudais cujos senhores dependiam muito pouco do rei.

A sua filosofia enfatizava a moralidade pessoal e governamental, a exatidão nas relações sociais, a justiça e a sinceridade. Estes valores ganharam destaque na China sobre outras doutrinas, como o Legalismo (法家) ou o Taoísmo (道家) durante a Dinastia Han (206 a.C. – 220 d.C.). O confucionismo foi introduzido na Europa pelo jesuíta italiano Matteo Ricci, que foi o primeiro a latinizar o nome como “Confúcio”. (Fonte: Wikipédia)

Ao folhear o jornal de hoje encontrei a citação que transcrevi. Aquilo soou-me familiar, mas ao mesmo tempo estranho. Era como se concordasse e discordasse ao mesmo tempo. Depois percebi.

Quando somos “mestres de nós mesmos” o fruto de pensamento que produzimos pode muitas vezes parecer verdadeiro e bom. Ao considerar as linhas mestras do pensamento de Confúcio (assinaladas no texto) não encontro defeito a apontar-lhes. Mas, quando percebo o alcance na prática de vida dessa filosofia descubro que afinal assenta num relativismo moral insanável. Considerar a ausência de caridade apenas como um defeito de carácter é pouco, muito pouco. Que motivação moral terei eu a fazer o bem se o meu falhanço se traduz apenas num julgamento de carácter superficial e facilmente desculpável? A cobardia é dos fracos é certo, mas ser fraco não é motivo de censura maior.

Desejo mais para mim! Quero guiar-me por valores morais absolutos! Incorruptíveis! Indisfarçáveis! Não quero estar perto da verdade, quero a verdade! Em Cristo aprendemos que:

“Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado.” (Tiago 4:17)

A imperfeição moral não é feitio, é defeito! Cuidado com o branqueamento moral que as filosofias, religiões e pensamentos humanistas tentam fazer acerca da realidade. A verdade é absoluta! A justiça é absoluta! A rectidão moral é absoluta! E qualquer falha da nossa parte em relação a elas será sempre uma falha crítica que coloca em causa toda a nossa vida!

O padrão absoluto proposto por Deus é para nós inatingível, mas Cristo veio para isso mesmo – para nos fazer andar em novidade de vida! Uma vida nova, com valores novos, motivações novas, e perfeição moral que vem da justiça que sobre nós recai por causa de Cristo.

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