Sim, eu sei! “Performancismo” não é uma palavra. Permitam-me a liberdade linguística enquanto tento afirmar o meu argumento.

Depois do jantar, ao lavar a loiça – momento propício a conversas profundas – a S. contava-me um facto interessante sobre o seu blog. (Se ainda não conheces, podes ver o seu trabalho – que me enche de orgulho – aqui) Nas estatísticas do blog, a página “Things I’ve made (Coisas que eu fiz)” tem muito mais visualizações do que outra “This is me (Esta sou eu)”.

Ao conversarmos sobre o assunto compreendemos que isso é um bom exemplo da mentalidade pós-moderna do culto do eu. Na busca da exaltação pessoal reduzimos o valor de uma pessoa à sua obra. Por isso andamos sempre a tentar provar a todos – e às vezes a nós – que somos importantes, amados, dignos, aceitáveis porque temos uma boa educação, dinheiro, estatuto social, sucesso profissional, amigos cool, etc. O valor da vida humana reduzido à performance. Esta é a razão escondida por detrás das nossas vidas fúteis – construímos uma fachada de aparências para nos tornarmos aceitáveis ao outro.

É neste contexto que o Evangelho brilha com uma glória ainda mais esplendorosa. Porque o Evangelho – as Boas Novas de um Deus que te conhece tal como és – é unção para os pobres, cura para os quebrantados de coração, liberdade para os cativos, vista para os cegos, libertação para os oprimidos (Lc.4:18-19).

O Evangelho livra-me do performancismo. Porque nada do que eu faça me tornará aceitável a Deus. Mas, pela Sua Graça, Deus me ama, encontra, salva, limpa e transforma, tal como sou.

 quebrantados de coração,
A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos

Lucas 4:18-19

para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração,
A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos

Lucas 4:18-19

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