O Evangelho é o poder de Deus para nos arrancar do pecado para a vida abundante (Rm.1:16). A Salvação é uma obra completa de Deus que envolve não só o destino eterno da nossa alma, o perdão dos pecados cometidos mas, também, uma nova natureza propícia a Deus, uma vontade redimida que tem prazer em obedecer-Lhe, uma mente renovada para interpretar o mundo real, uma liberdade tangível das coisas que nos oprimiam, e um coração firme e são, emocional e psicologicamente, cuja cura foi alcançada pelas feridas de Jesus Cristo.
Um Cristão é pois uma nova criação que foi liberta da culpa e do poder do pecado para adorar, servir, e amar a Deus e ao próximo. (Rev. Kevin Struyk)
Se falharmos em ter uma visão integral da Salvação é certo que vamos fracassar em vivê-la. E, será inevitável que faremos discípulos fracos. Este Verão estive nos Acampamentos do Palhal. Tive o privilégio de conhecer um amado irmão do Brasil – Marcos Senghi Soares (conhece o seu ministério aqui) e partilhar o Evangelho com os jovens que estiveram naquela semana. O tema que abordei conjugou-se maravilhosamente com o do irmão Marcos. Falei sobre o Evangelho Indomável – o poder de Deus que não pode ser impedido nem diminuído, nem aceita adulterações ou manipulações. A sua eficácia está em Deus e até HOJE ainda pode salvar o Homem pecador.
Quando regressei a casa, no seguimento da leitura da revista TableTalk de Agosto – tenho usado a TableTalk para o meu plano devocional há aproximadamente 1 ano – encontrei um artigo do Rev. Kevin Struyk que veio fechar perfeitamente a reflexão e o desafio que a Palavra nos trouxe durante a semana. Depois de ter descrito a perfeição de Jesus como nosso Salvador, e de demonstrar como a Salvação transforma as nossas vidas pela acção de Deus em nós, Struyk aponta os frutos daquele que nasceu de novo:
Um verdadeiro discípulo de Jesus vai, pela graça de Deus e por causa da sua nova natureza, imitar Jesus amando os pobres, os oprimidos e os perdidos. O nosso amor vai demonstrar-se através de um ministério de palavras e actos – proclamando o Evangelho de Jesus Cristo e discipulando o Seu povo a conhecer e a viver à luz da Palavra de Deus. As nossas obras vão mostrar a nossa disposição em deixar para trás os confortos terrenos, bens materiais, segurança, e até mesmo as nossas vidas para salvar uma alma do inferno.
Que grande desafio temos perante nós! E que responsabilidade! A pressão para nos acomodarmos vem de todos os lados: da nossa carne e vontade, muitas vezes da família e amigos, do mundo e seus valores, da igreja adormecida, mas, este não é o tempo de ficar quieto.
Vivemos num ambiente cada vez mais hostil ao Cristianismo bíblico em que pode ser tentador bater em retirada, erguer muros e evitar a batalha para ganhar almas para Cristo. Precisamos recordar o que Jesus orou em João 17, “Assim como Tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.” (vs.18)
Tem bom ânimo, Cristão. Fomos enviados ao território inimigo por Aquele que tem todo o poder e autoridade. Ele não deixará os nossos pés resvalar. A vitória é certa, a destruição de Satanás assegurada e Jesus está no Seu trono. O Evangelho foi-nos confiado; vamos proclamá-lo fielmente – para que outros possam viver.
Somos desafiados a seguir o exemplo de Jesus e de muitos outros cristãos ao longo da História. E agora, o que vamos fazer?
(Todas as citações foram retiradas do artigo do Rev. Kevin Struyk “That others may live” na revista TableTalk de Agosto 2015, Ligonier Ministries)