Todos já ouvimos falar dos personagens criados por Robert Louis Stevenson e que entraram no imaginário mítico popular desde 1886. O seu retrato da vida dupla e profundamente esquizofrénica do dr. Jekyll tem servido para inúmeras ilustrações. Encontrei esta análise que partilho aqui convosco:

“Em Jekyll, há I kill (eu mato, em inglês). Esta tendência humana pecaminosa estaria oculta por Jekyll e viria a manifestar-se em Hyde (hiddenoculto em inglês). Quando Hyde surge, actos como o de assassinar surgem também.
O protagonista deve lidar com os seus dois “eus”: um inclinado para o bem (Jekyll), e outro para o mal (Hyde).
Hyde sofre por ser reprimido por normas de conduta baseadas em ética e moral, princípios e valores, aceites por Jekyll; já Jekyll sofre pelo remorso de ter praticado o mal, acção de Hyde. Logo, existe uma dualidade na pessoa: uma propensa ao bem e outra ao mal. O ideal seria que cada uma das partes da alma fosse independente uma da outra.
Fonte: Wikipédia

Como entendemos bem esta dicotomia da vontade. Esta tem sido  a luta do Homem desde a Queda. A Bíblia também fala disso:

“Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço.” (Rm.7:15)

Assinalei a última frase do comentário porque me pareceu a mais interessante. “O ideal seria que cada uma das partes da alma fosse independente uma da outra.” Suspeito que ainda que assim não seja muitos de nós insistimos em viver como se fosse. Há um Eu Cristão – que vai à igreja, canta, ora, carrega a Bíblia, envolve-se – e, outro Eu Mundano – que pragueja com os amigos, é sensual, mentiroso, oportunista, malicioso e esquecido de Deus. E, somos tão exímios em esconder um do outro que é quase um segredo só nosso. Quase! Por que há Um que te conhece tal como és 24/7.

Como pensas esconder-te de Deus?

Advertisement