16.Dezembro :: Jesus, o Messias improvável

Há um termo na gíria da língua inglesa, “Underdog”, que se refere a um competidor que toda a gente pensa será um fracasso, mas que no fim acaba por ser o vencedor. A palavra não tem boa tradução em português. Talvez um exemplo próximo seja “tomba-gigantes”, termo usado na gíria futebolística para designar uma pequena equipa, por vezes amadora, que consegue derrotar as mais fortes equipas do panorama nacional.

E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.
Portanto os entregará até ao tempo em que a que está de parto tiver dado à luz; então o restante de seus irmãos voltará aos filhos de Israel.
E ele permanecerá, e apascentará ao povo na força do Senhor, na excelência do nome do Senhor seu Deus; e eles permanecerão, porque agora será engrandecido até aos fins da terra.
E este será a nossa paz.
Miquéias 5:2-5

Quando os judeus imaginavam como seria o Messias, o Salvador que havia de vir para restaurar a glória de Israel, eles viam um grande líder, importante, honrado, da linhagem real, um príncipe! No entanto, Deus preparava algo diferente.

Tal como acontecera quando o povo decidiu que queria um rei como as outras nações, a escolha do povo era muito diferente da de Deus. O povo escolheu Saul – o mais alto e espadaúdo; Deus escolheu David – o homem segundo o Seu coração. David era o underdog, o genuíno tomba-gigantes (lembram-se do Golias?). Um pequeno pastor, sem qualquer experiência política ou militar, vindo de uma pequena e simpática cidade –  Belém – sem nenhuma relevância no panorama nacional. Deus fez dele o maior rei de Israel.

Ironicamente, Deus prepara-se para repetir a história.

E, tendo nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém,
Dizendo: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos a adorá-lo.
Mateus 2:1-2

E subiu também José da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém (porque era da casa e família de Davi),
A fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.
E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz.
E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.
Lucas 2:4-7

Jesus nasceu. Em Belém, a pequena cidade. Um plano preparado desde os tempos antigos – lembra-te de David – colocado em acção desde a eternidade. Neste lugar improvável, Deus levanta o Rei. Não havia lugar para ele, nasceu na estrebaria, mas, Ele governará Israel. Não teve conforto, foi deitado nas palhas da manjedoura, mas, Ele apascentará e consolará o Seu povo. Não teve honras, mas, Ele será engrandecido até aos fins da terra.

O Messias improvável que o próprio povo não reconheceu é o tomba-gigantes que Deus levantou. Derrotou o pecado. Derrotou a Morte. Derrotou Satanás. E, quer fazer-te mais do que vencedor com Ele.

Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.
Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir,
Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.
Romanos 8:37-39

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