Leitura recomendada: Isaías 40
“Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus.” (Isaías 40:1)
Não há esperança melhor do que a que se torna real e palpável. Quando as Escrituras falam de esperança não se trata de desejos fúteis, aspirações utópicas ou anseios inatingíveis. Cada promessa está alicerçada no Senhor, o eterno Deus, Criador dos confins da Terra (vs. 28) e, por isso, é segura e certa. A esperança torna-se assim simplesmente a espera daquilo que sabemos que virá, e nisso há grande consolação.
Depois de apontar o pecado do povo, a sua incredulidade e impenitência, depois de avisar sobre o julgamento que Deus traria sobre a nação, depois de suscitar a esperança no Rei que viria trazendo um reinado de justiça e paz, depois da destruição que viria, Isaías traz da parte do Senhor uma mensagem de consolação. A ira de Deus não tinha como propósito aniquilar o povo para sempre. A obra que Deus realizava era redentora. A intenção do Senhor era benigna e misericordiosa. O Santo não pode ignorar o pecado, nem deixar o ímpio sem castigo mas, mantém a mão estendida para perdoar, restaurar e santificar os que se chegam a Ele.
O Santo não pode ignorar o pecado, nem deixar o ímpio sem castigo mas, mantém a mão estendida para perdoar, restaurar e santificar os que se chegam a Ele.
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“Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus” (vs.3), esta era a mensagem ouvida nas margens do Jordão na boca de um homem peculiar, eremita no deserto, vestido com peles e cingido com cinto de couro. O seu nome é João, conhecido como Batista. Este homem, nascido algumas centenas de anos depois da profecia de Isaías, foi escolhido por Deus desde o ventre para apontar ao povo a chegada do Rei. As promessas do Senhor podem parecer tardias mas, não falham.
A mensagem de João era simples: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.” (Mateus 3:2). Tão simples e clara era a mensagem que muitos de Jerusalém, da Judeia e de toda a província do Jordão vinham ouvi-lo, criam e eram batizados (Mt. 3:5-6). Cumpria-se assim a profecia que o caminho para o Rei seria aplanado. Os que habitavam os montes não tinham vantagem sobre os que estavam no vale, as vidas torcidas e ásperas não estavam mais longe do que os direitos e rectos. Para Deus não há acepção de pessoas. Ricos ou pobres, eruditos ou iletrados, pecadores inveterados ou religiosos, novos e velhos, o Rei veio para todos, e todos têm oportunidade de chegar-se a Ele. A glória do Senhor manifestou-se a todos, logo, todos são inescusáveis.
“Eis aqui está o vosso Deus!” (vs.9), que proclamação tão cheia de mistério e espanto! Deus em carne, Deus entre nós, Deus-homem, Deus que se fez perto dos seus inimigos, Deus que veio buscar e salvar os pecadores. O Rei chegou. O seu nome é Jesus. Apesar de ser o Soberano poderoso apresentou-se manso e humilde. Antes de trazer juízo aos recalcitrantes fez-se pastor carinhoso para com os famintos, sedentos, feridos e pobres de espírito. Que esperança renovada e confirmada para toda a humanidade!
Há esperança para todos. Para ti. O Senhor é Deus que cumpre promessas. Deixa que Ele te console com esta Palavra. O caminho para o Rei está aberto. Onde quer que estejas, quem quer que sejas, o que quer que tenhas feito Deus veio ao teu encontro, o Pastor busca-te para tomar-te no regaço, guiar-te e apascentar-te. Ele veio trazer salvação e perdão de pecados. Deus veio por ti. Não fujas, não resistas, mas, crê. Prostra-te diante do Rei. Honra-O. E, serás salvo!