Ontem, a caminho do Hospital para visitar a S. e a R., passámos pelo Estabelecimento Prisional de Aveiro. Enquanto passávamos, disse:

“Aqui é a prisão! É para onde vêm as pessoas que se portam mal: os ladrões, os que batem nos outros…”

O J. achou o assunto muito interessante. Quando regressávamos a casa, ao passarmos de novo por lá, lembrou-me que ali era a prisão para onde iam os ladrões. Eu, querendo ganhar alguma margem de manobra nas minhas ameaças quando eles se portam mal, acrescentei: “E as pessoas que se portam mal.”

Fui corrigido de imediato. “As pessoas não! Os ladrões! Os ladrões não são pessoas!” 🙂

Não contive o riso! Mas, dei por mim a pensar… talvez o J. tenha razão. Os ladrões, assim como todos os que sucumbem ao domínio do pecado, aceitam ser menos do que aquilo para que foram criados. Na linguagem de uma criança, algo menos do que pessoas.

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