O primeiro dia em casa com a família completa despertou alguns ciúmes no J. e na I. Andaram o dia todo a pedir mimo, a chamar a atenção, a amuar. Perante a chegada da pequena R. tentaram marcar o seu território! 🙂
A fome de colo dos meus filhos lembrou-me de como o Amor verdadeiro também tem ciúme. Um ciúme bom, de querer estar perto, de beber todo o carinho, da procura do toque, do afecto. Mas, esse comportamento esconde uma insegurança: o medo de perder o colo do pai.
Hoje, tenho a visão do outro lado: a do pai. E, na perspectiva do pai, o seu colo será sempre do tamanho dos seus filhos. Costumo dizer que no meu colo cabem todos os filhos, é um colo grande, generoso e disponível.
Pensei no relacionamento que muitas vezes temos com Deus. Sendo filhos cambaleamos entre dois estados de espírito: ou nos desinteressamos por Ele ou ardemos de ciúmes tontos alimentados pelos nossos medos.
Esquecemo-nos de quem é o nosso Pai. O Deus-Amor cujo colo não se esgota.