“a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem.” (João 1:9)

Cada manhã acordo com a mesma esperança, que a humanidade sobreviveu à sua própria ganância, ao seu desejo de autodestruição, ao seu monopólio para destruir o ambiente sem olhar a consequências, aos seus dogmas religiosos e ideológicos que a mantém em tumulto desde o início… Ouço as notícias da manhã e descubro que nada mudou (…)” (Husam Wafaei, em Honourable Defection)

Husam Wafaei é um escritor sírio-canadense que escreveu um romance baseado em histórias reais de dois soldados sírios que desertaram por não suportarem os horrores e brutalidade da guerra. O livro oferece várias reflexões sobre os problemas do mundo, nomeadamente, a sua causa. O tom é muitas vezes vazio de esperança. E, as soluções apresentadas, constituem parte do problema mais que da saída. Como esta: “Não deixes que outros dirijam as tuas resoluções éticas, antes navega com a tua própria bússola moral para que vejas o farol da tua própria consciência“.

Aquilo que na superfície parece um bom conselho – não sigas cegamente aquilo que te impõem mas, filtra tudo com a tua consciência, está afinal ferido de morte. No contexto do livro é um conselho útil e pertinente – os soldados desertores abandonaram o posto porque eram forçados pelos seus superiores a matar inocentes. Na vida, nas sociedades e culturas dos povos, nos relacionamentos familiares, de amizade ou laborais, nos governos, essa é a raiz dos males. O conselho “vai onde te leva o coração” soa suave aos nossos ouvidos egocêntricos. As Escrituras oferecem muitos exemplos semelhantes. O povo de Deus viveu assim muitas vezes.

“Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos.” (Juízes 17:6)

Esta não é uma visão catastrofista e fatalista das coisas. Está plena de realidade. A mesma Escritura nos ensina que:

“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” (Jeremias 17:9)

“Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.” (Provérbios 14:12)

Homens não salvam homens, tal como cegos não guiam cegos. Tudo quanto levantamos como farol para guiar a nossa existência, sejam tronos ou governos, políticas ou ideologias, religiões, filosofias, heróis, homens de renome, génios, famosos, institutos e organizações são gigantes com pés de barro que a História se encarrega de desmascarar como ilusões que são. Como em Babel, quanto maior a torre que levantamos para fazer-nos um nome, maior a confusão e a divisão que daí virá.

Precisamos de Luz. Da Luz verdadeira que traga entendimento, conhecimento e reconciliação. Precisamos de uma Luz que não se apague, que brilhe eterna para conduzir-nos ao Lar. E, Deus, na Sua Bondade e Misericórdia, deu-nos essa Luz.

O povo que andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz.
Tu multiplicaste a nação, a alegria lhe aumentaste; todos se alegrarão perante ti, como se alegram na ceifa, e como exultam quando se repartem os despojos.
Porque tu quebraste o jugo da sua carga, e o bordão do seu ombro, e a vara do seu opressor, como no dia dos midianitas.
Porque todo calçado que levava o guerreiro no tumulto da batalha, e todo o manto revolvido em sangue, serão queimados, servindo de combustível ao fogo.


Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto. (Isaías 9:2-7)

Precisávamos de um farol, de uma verdadeira Luz. Deus, deu-nos Jesus.

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