“Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.
Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.” (João 1:10,11)
Estes dois versículos do Evangelho de João estão entre os mais tristes e trágicos de toda a Escritura. O Senhor veio, e nós não O acolhemos.
A criação ignora O Criador. Bem, uma parte da criação ignora o Criador. Nós, os Homens. O resto das criaturas de Deus curva-se ao Soberano. “Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.” (Salmos 19:1). Uma estrela no céu anuncia a chegada do Filho de Deus. Anjos celebram o seu nascimento. Os elementos obedecem ao seu comando – água transforma-se em vinho, pães e peixes multiplicam-se, seres microscópicos que causam enfermidades sucumbem ao seu toque e à sua voz, corpos débeis são fortalecidos, o mar faz-se estrado, o vento e as ondas aquietam-se, demónios fogem da sua presença, a terra treme e o sol esconde-se diante da sua cruz.
Que sejamos nós, criados à imagem e semelhança de Deus, a ignorar a Mão que nos fez, revela quão perverso é o pecado que domina o nosso coração. Face a face com a beleza perfeita do Santo, aos nossos olhos “não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos. Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.” (Isaías 53:2,3)
Que sejamos nós, criados à imagem e semelhança de Deus, a ignorar a Mão que nos fez, revela quão perverso é o pecado que domina o nosso coração. Face a face com a beleza perfeita do Santo, aos nossos olhos “não tinha beleza nem formosura e, não fizemos dele caso algum.” (Is.53:2,3)
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A beleza que celebramos é outra. A do dinheiro, fama, poder, sensualidade e do prazer. Para nós, o belo é aquilo que excita o nosso coração impenitente. Assim, quando veio o Emanuel, humilde, manso e santo, não fizemos dele caso algum. A nossa falha é dupla – falhámos ao reconhecê-lo, talvez imaginado que o Soberano Criador se apresentasse dominador e impiedoso, e, falhámos em sujeitar-nos à sua liderança mansa e suave:
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” (Mateus 11:28-30)
Mesmo assim, Jesus não desistiu da sua missão – salvar o seu povo dos seus pecados (Mateus 1:21)
“Apesar disso, foram as nossas enfermidades que ele tomou sobre si, e foram as nossas doenças que pesaram sobre ele. Pensamos que seu sofrimento era castigo de Deus, castigo por sua culpa.
Mas ele foi ferido por causa de nossa rebeldia e esmagado por causa de nossos pecados. Sofreu o castigo para que fôssemos restaurados e recebeu açoites para que fôssemos curados.
Todos nós nos desviamos como ovelhas; deixamos os caminhos de Deus para seguir os nossos caminhos. E, no entanto, o Senhor fez cair sobre ele os pecados de todos nós.
Ele foi oprimido e humilhado, mas não disse uma só palavra. Foi levado como cordeiro para o matadouro; como ovelha muda diante dos tosquiadores, não abriu a boca.
Condenado injustamente, foi levado embora. Ninguém se importou de ele morrer (…)” (Isaías 53:4-8, NVT)
Que Amor sublime! Que grandioso Salvador!