Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.
1 João 1:9
Amo muito todos os meus filhos. Cada um deles é único e um fascínio para mim. Hoje, o J. e eu tivemos uma boa conversa. E, eu aprendi uma profunda lição espiritual.
O J. é um menino de coração puro. Ele reage com sinceridade e urgência aos seus erros e à injustiça. Hoje, quando nos preparávamos para sair de casa, reparei que o casaco dele estava sujo. Perguntei-lhe como o tinha sujado e ele respondeu que tinha acidentalmente vertido iogurte. Não o repreendi, mas, ao sairmos da porta, ele confessa espontaneamente que não tinha sido ele a verter o iogurte, e sim um colega de turma.
Percebi imediatamente que a história ainda estava a começar. Sem tecer grandes comentários deixei-o falar livremente. Durante aproximadamente metade do percurso para a escola ele descreveu-me o mau comportamento do seu colega que gosta de atirar coisas por cima do muro da escola. Foi assim que o iogurte foi parar ao casaco! De defender o colega, ele passou rapidamente a atribuir-lhe todas as culpas.
Subitamente, ele diz: ” Sabes, papá… – um pai sabe sempre que depois destas palavras não vem nada de bom 😉 – o A. ensinou-me a atirar as coisas por cima do muro, por isso eu também atirei. Mas, foi ele que me ensinou!” E, pronto: a confissão final!
Visivelmente frustrado pelo seu mau comportamento e pela tentativa de o encobrir, a confissão abriu caminho ao arrependimento e à resolução de mudar de atitude.
Não consigo expressar como me senti orgulhoso dele. E, como me senti ensinado pelo Senhor. Recordei o texto de 1 João citado acima. E, do Salmo 51, que, por coincidência, foi a base do excelente sermão desta noite na IEAveiro (obrigado, Daniel). Obrigado, Deus. Ajuda-me a aprender esta lição.
Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto.
Salmos 51:10