Hoje foi dia de regressar ao trabalho. Sinto-me naquela espécie de limbo em que apesar de saber que já não estou de férias, o corpo ainda não se sente ambientado ao ritmo de trabalho. É como se estivesse a sonhar e à espera de acordar para descobrir aliviado que afinal a boa vida ainda não acabou.
No caminho para o trabalho, na monótona viagem de sempre, o meu pensamento fugiu num devaneio que só pode ser explicado por esse estado límbico em que ainda me encontro. Tudo começou naquele desabafo interior que todos sentimos à 2ª feira de manhã: “Mas, por que é que eu tenho de trabalhar?” Daí até à “revelação” desse “novo evangelho” conhecido como o da “Boa Vida”, foi um saltinho. Reza assim:
“A culpa de tudo é do Adão e da Eva. Foi por causa do desprezo deles pela “boa vida”, que Deus os castigou com “do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra” (Gn.3:19). E como “o pecado de um só homem trouxe a todos a condenação” (Rm.5:18), hoje todos sofremos por causa dele. A boa notícia é que “quando nós ainda vivíamos nas nossas fraquezas, Cristo morreu por nós; (…) Pela sua morte, nós agora estamos em boas relações com Deus. (…) com muito mais razão seremos livres do castigo final.” (Rm5:6-9) Nitidamente, quando Jesus disse que veio para dar “vida em abundância” referia-se à “boa vida” que Adão tinha no princípio.
Em resumo, o trabalho, sendo castigo de Deus, está reservado aos pecadores. Os santos, uma vez perdoados, estão isentos de castigo e por isso só lhes resta a “boa vida”.”
A ironia tem dois propósitos:
1. Lembrar-nos que sempre há uma consequência pelo nosso pecado. “Cada um há-de colher aquilo que semeou. Aquele que semeia o que agrada aos maus instintos terá uma colheita de perdição, mas quem semeia o que agrada ao Espírito terá uma colheita de vida eterna.” (Gl.6:7,8) Apesar de Deus nos perdoar os pecados quando os confessamos, muitas vezes teremos ainda de sofrer as consequências negativas dos nossos erros.
2. Lembrar-nos da importância de manejarmos bem a Palavra. Quantas vezes não vamos atrás de “novas revelações”, ou racionalizamos os nossos erros tentado justificá-los, ou procuramos quem pregue aquilo que queremos ouvir? Não é por se usar a Bíblia que se prega o Evangelho da verdade. Sejamos como os de Beréia: “porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.” (At.17:11)
Nota de rodapé: Mas, era bom não era? 😉 E tenho a certeza que a taxa de crescimento da igreja seria imparável! 🙂
As tuas meditações diárias são um refrigério para aqueles que amam a Palavra e o Senhor! Neste momento, como sabes, gostaria muito de chegar ao fim de umas férias, de chegar ao fim de um fim-de-semana e encarar dessa forma a segunda feira ou o recomeçar de mais uma etapa de trabalho. Mas quer no teu caso, quer no de todos os crentes, o Senhor prometeu-nos que não teríamos tentações/provações que não pudéssemos suportar, pois com elas também daria o escape.
E foi assim que aconteceu com a nossa situação de pecadores herdeiros do pecado de Adão e Eva. Deus deu-nos Jesus para reconciliar Consigo mesmo todas as coisas. Aleluia!!!
E também nos ampara quando temos que enfrentar uma nova etapa de trabalho.
Ou mesmo quando temos que encarar um novo dia sem trabalho que, porventura, é mais difícil do que um novo dia de trabalho. Que o diga eu!!!
Que Deus te abençoe, Hélder, a ti, à tua família, à tua Igreja, a toda a tua família espiritual.
O amigo e irmão, Constantino
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Obrigado pelas tuas palavras.
Há momentos na vida em que nos parece que o propósito de Deus não faz muito sentido. Isso pode levar-nos ao desencorajamento, mas Ele afirma claramente que: “Só eu conheço os planos que tenho para vocês: prosperidade e não desgraça e um futuro cheio de esperança. Sou eu, o SENHOR, quem está falando.” (Jr.29:11)
Não duvides que Deus está no controlo, e que o Seu Amor por ti não diminuiu, esfriou ou mudou de qualquer maneira. No fim, o propósito de Deus é glorioso!
Um abraço.
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